2009/09/16

6 - Eletricidade - SIM


Uma vez li em algum jornal que fizeram uma pergunta a grandes pensadores de nossa época para saber qual a mais importante invenção que mudou nossas vidas no último milênio. Não sei qual foi o resultado. Dei uma busca no google, mas não achei a pesquisa "oficial", se é que existe uma. Achei várias listas top ten das invenções do milênio: incrível como tem gente que aposta na imprensa, outros apontam o calendário gregoriano (bah! prefiro os calendários luni-solares, mais ligados aos ciclos naturais) e há até gente que aponta a tabela periódica (adoro isso!).

Eu sou do time que aposta na energia elétrica. Os livros já existiam antes da imprensa. O que deveria ser destacado é o ensino em massa e não a produção de livros, porque sem a produção de leitores, nada aconteceria com a imprensa. Sabemos bem disso por aqui, onde alfabetização não significa saber, poder ou gostar de ler livros... Mas, deixemos os letrados com essa impressão de superioridade e voltemos à eletricidade.

Bom, eletricidade não é bem uma invenção. Como explica Hiroshi Sugimoto, autor das imagens acima, "a palavra eletricidade se origina do grego antigo elektron, que significa "âmbar." Quando sujeitas a fricção, materiais como o âmbar e peles produzem um efeito que hoje conhecemos como eletricidade estática. Fenômenos relacionados foram estudados no século XVIII, principalmente por Benjamin Franklin. Para testar sua teoria de que o relâmpago é electricidade, em 1752, Franklin empinou uma pipa em uma tempestade. Ele conduziu o experimento em grande perigo para si mesmo, na verdade, outros pesquisadores foram eletrocutados enquanto realizavam de experiências semelhantes. Ele não só provou a sua hipótese, mas também que a eletricidade tem cargas positivas e negativas. Em 1831, Michael Faraday formula da lei da indução eletromagnética levou à invenção de geradores elétricos e transformadores, que mudou drasticamente a qualidade da vida humana".

Essa mudança foi e está sendo revolucionária. Nossos transportes dependem de eletricidade, nossas lâmpadas, TVs, fornos de microondas, chuveiros, rádios, MP3s, câmeras fotográficas, câmeras filmadoras, geladeiras, caixas registradoras e, é claro, nossos computadores!!! Eeeeeee! Que livro que nada! Eu quero escrever eu mesma a minha história e deixá-la disponível para quem queira ler. Viva o computador, viva a Internet e vivam as ferramentas de publicação de conteúdo, como esse blog. E tudo isso só funciona porque existe eletricidade! (Ok, chips de silício também são importantes, mas fico com a eletricidade, pois ela já tinha causado muita mudança antes mesmo de pensarmos em micro-chips).

Não podemos esquecer que a produção de energia elétrica tem seus custos para a natureza. E às vezes esses custos são muito elevados. Mas em cem anos, espero que inventem modos menos danosos de produzir energia e, mais que isso, que consigamos nos organizar de forma menos centralizada produzindo energia localmente, minimizando danos ao ambiente e eliminando essa coisa doida que é o transporte de energia por milhares de quilômetros.

Vai saber também quais as consequencias aos nossos corpos de tanta exposição à energia elétrica... Há tantos outros tipos de energia importantes para nossa vida e os quais não dominamos. Talvez eles sintam a influência te tantos campos elétricos por aí, sei lá. Viajei na maionese, mas acho que é um ponto a se pensar.

Com menos danos à natureza e com suas influências sobre nossa saúde melhor definidas, quero que a energia elétrica (ou quem sabe outro tipo de energia...) continue sendo usada e gerada, de preferência localmente, daqui a cem anos!



Ah, falando em invenções do milênio vale a pena dar uma olhada no especial do New York times com as melhores melhores do milênio:
http://www.nytimes.com/library/magazine/millennium/m1/
http://www.nytimes.com/library/magazine/millennium/m2/
http://www.nytimes.com/library/magazine/millennium/m3/
e assim por diante até o 6. No terceiro tem até um poema do Fernando Pessoa... Interessante a coletânea.

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